O
JANTAR DAS FORMIGAS
As
formigas carregavam
O
jantar ao formigueiro
Mas
algumas que ali estavam
Entre
si não se acertavam
Do
caminho mais certeiro
Quando
um grupo sugeria
Que o
buraco era seguro
Outro
grupo decidia
Que o
trajeto bom seria
Contornarem
pelo muro
Um
caminho era apertado
E por
isso não cabia
Era o
outro demorado
Tão
incerto e descuidado
Que
também não serviria
Mas
seguiam carregando
Sem
haver conformação
Só que
o tempo foi passando
E as
formigas se cansando
De
tamanha indecisão
Para a
grande maioria
No
buraco ou pelo muro
Qualquer
um bem lhe servia
Pois
errado só seria
Retornarem
quando escuro
Mas do
jeito que ficavam
Era
tanta confusão
Que as
formigas se cansavam
E já
não mais aguentavam
Tal o
peso que ia a mão
Ao
final sem haver rima
O
jantar caiu no chão...
Uma
aranha se aproxima,
Dá um
salto bem em cima
E lhes
toma a refeição
Não faz
mal pois escutar
Um
ditado primitivo:
“O
querer particular
Nunca
deve suplantar
O
interesse coletivo”
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