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14/07/2014

Odisseia da figueira branca

Odisseia da figueira branca

O vento que é forte, puxa que arranca
A galha mais frágil duma figueira
Prá lá e prá cá, por mais que ela queira
Não tem mais abrigo, oh figueira branca

E assim ela vai, sem eira nem beira
De um lado pro outro sem se agarrar
Quando, por sorte, vem a goiabeira
Com pena da amiga para ajudar

Estende uma mão, segura no braço
E por gratidão recebe um abraço
Que aperta e sufoca até lhe matar

Nos rumos incertos que a história acaba
Foi bom para alguns, mas não prá goiaba
Que deu à figueira o próprio lugar

O mesmo destino põe em perigo

O tolo que pensa só ter amigo.

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