Odisseia da figueira branca
O vento que é forte, puxa que
arranca
A galha mais frágil duma figueira
Prá lá e prá cá, por mais que ela
queira
Não tem mais abrigo, oh figueira
branca
E assim ela vai, sem eira nem
beira
De um lado pro outro sem se
agarrar
Quando, por sorte, vem a goiabeira
Com pena da amiga para ajudar
Estende uma mão, segura no braço
E por gratidão recebe um abraço
Que aperta e sufoca até lhe matar
Nos rumos incertos que a história
acaba
Foi bom para alguns, mas não prá
goiaba
Que deu à figueira o próprio lugar
O mesmo destino põe em perigo
O tolo que pensa só ter amigo.
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