O Milho e a Abóbora
Entre o milho e uma abóbora
A disputa era sem fim
Todos dois se proclamavam
Os melhores do jardim
Nessa o milho se enfeitava
O sabugo, a espiga e o grão
Do sol tinha o amarelo
Tudo belo, em perfeição
Mas a outra e desdenhava
E lhe via desbotado
Pois cor mesma mais bonita
Era o seu alaranjado
Ia o milho e revidava
"Mas que abóbora invejosa!
Mulher gorda e carrancuda
Ninguém chama de formosa”
E as ofensas prosseguiam
Toda guerra é sempre assim
Nada bom virá do outro
Pois o bem só vem de mim
Era o milho para a abóbora
Só ração para canário
Mas era ela para o milho
Que não dava algum salário
“Nem se pode perder tempo
Trabalhando no cultivo
Essa aí vale bem menos
Do que solo improdutivo”
“Esse sim que não merece
Nem cultivo e nem trabalho
É melhor plantar um só
Pra que sirva de espantalho”
Era assim que a vida ia
Sem que um fosse convencido
Não se tinha um vencedor
Nem tampouco algum vencido
No fim eles empataram
E chegaram em primeiro
Mas o podium foi o prato
Do mais rico fazendeiro
É assim infelizmente
O desfecho da contenda
Enquanto os dois guerreavam
Sustentavam a fazenda
Porque a guerra entre os iguais
Só dá fruto sem sabor
Ambos são subjugados
Por outro… dominador
Darlan, meu caro;
ResponderEliminarGenial, genial!! Teus escritos são sempre geniais!! Pena que você demore pra postar. rss
Grande abraço.
Valeu, Henry.
ResponderEliminarAbraço, velho.
Essa eu ainda não conhecia por inteiro, mas agora que vi achei ótimo. Por que não posta a dos urubus? Aquela é ótima.
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