O TUCANO E O SABIÁ
O tucano além do bico
Tem também é muita lábia
Acreditava que entre as aves
Não havia só uma sábia
Subiu na árvore mais alta
E reuniu uma multidão
Declarou-se rei das aves
Deu-se então a confusão
O primeiro a se enraivar
Foi um grande gavião
Que propôs logo um duelo
E o tucano disse: “não
Que não sujo uma só pena
Tenho pena de você
Mas eu lanço um desafio
E deixo o trono à mercê
Lá na América do Norte
Por três dias viajei
E voltei trazendo um chifre
De um dos alces que eu cacei
Se você por menos dias
For mais rápido que eu
Todo mundo é testemunha
Que este trono será seu”
Disse que o tal continente
Era ali depois do mar
Foi se embora o gavião
Para nunca mais voltar
Depois disso a passarada
Pôs-se louca a aplaudir
Mas o velho sabiá
Limitava-se a assistir
O tucano então falou
Para toda àquela gente
Que além de forte e rápido
Era o mais inteligente
Retrucou o papagaio:
“Dê uma prova que eu me calo
Pois não sabe nem metade
Das palavras que eu lhe falo”
O tucano em gargalhadas
Disse: “é fácil lhe provar
Que não sabe do que fala
Pois só sabe copiar”
Depois disso o bicudo
"What's your name" perguntou
Nada o loro compreendia
E por isso se calou
“Como pode um passarinho
Por tão sábio se passar
Se nem mesmo o próprio nome
Ele sabe me falar?”
Toda aquela passarada
Esperneava em euforia
Mas o velho sabiá
Inda assim só assistia
Viu o bicudo tapear
Um terrível gavião
Humilhar o papagaio
Mas não parou nisto não
Teve a audácia de afirmar
Que neste país inteiro
Não havia nenhum pássaro
Mais que ele brasileiro
“Eu conheço a Amazônia
Com a palma da minha mão
Também sei de cabo a rabo
Os caminhos do sertão
Já vivi no Pantanal
E algum tempo no Cerrado
Sem falar da Mata Atlântica
Que ando até de olho fechado
Vi também um dia um homem
Que se erguia agigantado
Sempre de braços abertos
Abraçando o Corcovado
Foi aí que o sabiá
Se cansou da falação
Subiu no alto de outro galho
Para entrar na discussão
“Permissão senhor tucano
Meu amigo companheiro
Mas também me considero
Como todos brasileiro
Viajei por esse mundo
Muito peso carreguei
Sei meu nome em qualquer língua
Nem por isso eu sou um rei
Eu também já vi tal homem
Com os braços levantados
Mas cansou-se com o peso
Tem os braços já fechados”
O tucano novamente
Deu uma enorme gargalhada:
“Vamos fazer uma aposta
Para um tudo e o outro nada”
Toda aquela passarada
Viu que a aposta era loucura
Pois sabia-se que o homem
Era apenas escultura
Mas o velho sabiá
Inda não queria crer:
“Vamos juntos para lá
Quero ver se vai vencer”
O tucano quis partir
Com destino ao Corcovado
Porém quando sai de um galho
Pára em outro já cansado
“Como pode um passarinho
Todo mundo viajar
Se ele mal bateu as asas
Pediu para descansar?”
Perceberam que o tucano
Tinha só papo furado
Da mentira a perna é curta
E o bico é bem pesado....
Depois disse o papagaio:
“Será aquilo um dragão?”
Era só um par de chifres
Na boca de um gavião.
O tucano além do bico
Tem também é muita lábia
Acreditava que entre as aves
Não havia só uma sábia
Subiu na árvore mais alta
E reuniu uma multidão
Declarou-se rei das aves
Deu-se então a confusão
O primeiro a se enraivar
Foi um grande gavião
Que propôs logo um duelo
E o tucano disse: “não
Que não sujo uma só pena
Tenho pena de você
Mas eu lanço um desafio
E deixo o trono à mercê
Lá na América do Norte
Por três dias viajei
E voltei trazendo um chifre
De um dos alces que eu cacei
Se você por menos dias
For mais rápido que eu
Todo mundo é testemunha
Que este trono será seu”
Disse que o tal continente
Era ali depois do mar
Foi se embora o gavião
Para nunca mais voltar
Depois disso a passarada
Pôs-se louca a aplaudir
Mas o velho sabiá
Limitava-se a assistir
O tucano então falou
Para toda àquela gente
Que além de forte e rápido
Era o mais inteligente
Retrucou o papagaio:
“Dê uma prova que eu me calo
Pois não sabe nem metade
Das palavras que eu lhe falo”
O tucano em gargalhadas
Disse: “é fácil lhe provar
Que não sabe do que fala
Pois só sabe copiar”
Depois disso o bicudo
"What's your name" perguntou
Nada o loro compreendia
E por isso se calou
“Como pode um passarinho
Por tão sábio se passar
Se nem mesmo o próprio nome
Ele sabe me falar?”
Toda aquela passarada
Esperneava em euforia
Mas o velho sabiá
Inda assim só assistia
Viu o bicudo tapear
Um terrível gavião
Humilhar o papagaio
Mas não parou nisto não
Teve a audácia de afirmar
Que neste país inteiro
Não havia nenhum pássaro
Mais que ele brasileiro
“Eu conheço a Amazônia
Com a palma da minha mão
Também sei de cabo a rabo
Os caminhos do sertão
Já vivi no Pantanal
E algum tempo no Cerrado
Sem falar da Mata Atlântica
Que ando até de olho fechado
Vi também um dia um homem
Que se erguia agigantado
Sempre de braços abertos
Abraçando o Corcovado
Foi aí que o sabiá
Se cansou da falação
Subiu no alto de outro galho
Para entrar na discussão
“Permissão senhor tucano
Meu amigo companheiro
Mas também me considero
Como todos brasileiro
Viajei por esse mundo
Muito peso carreguei
Sei meu nome em qualquer língua
Nem por isso eu sou um rei
Eu também já vi tal homem
Com os braços levantados
Mas cansou-se com o peso
Tem os braços já fechados”
O tucano novamente
Deu uma enorme gargalhada:
“Vamos fazer uma aposta
Para um tudo e o outro nada”
Toda aquela passarada
Viu que a aposta era loucura
Pois sabia-se que o homem
Era apenas escultura
Mas o velho sabiá
Inda não queria crer:
“Vamos juntos para lá
Quero ver se vai vencer”
O tucano quis partir
Com destino ao Corcovado
Porém quando sai de um galho
Pára em outro já cansado
“Como pode um passarinho
Todo mundo viajar
Se ele mal bateu as asas
Pediu para descansar?”
Perceberam que o tucano
Tinha só papo furado
Da mentira a perna é curta
E o bico é bem pesado....
Depois disse o papagaio:
“Será aquilo um dragão?”
Era só um par de chifres
Na boca de um gavião.